“Depois de fugir da Polônia ocupada pelos nazistas, o prêmio Nobel Isaac Bashevis Singer comparou os preconceitos com as outras espécies às ‘mais extremas teorias racistas.’ Singer argumentou que os direitos animais eram a forma mais pura de defesa da justiça social, porque os animais são os mais vulneráveis de todos os oprimidos. Ele sentia que tratar mal os animais era a epítome do paradigma moral do ‘poder faz a força.’ Trocamos seus mais básicos e importantes interesses por interesses humanos efêmeros só porque podemos. É claro, o animal humano é diferente de todos os outros animais. Os humanos são únicos, só não de um modo que torna a dor animal irrelevante.”
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“O que sabemos, porém, é que se você comer carne hoje sua escolha típica é entre animais criados seja com maior (galinhas, perus, peixes e porcos) ou menor (bois) crueldade. Por que tantos de nós acham que precisam escolher entre opções como essas? O que tornaria irrelevantes cálculos tão utilitários da opção menos horrível? Em que momento as escolhas absurdas disponíveis hoje darão lugar à simplicidade de uma linha traçada com firmeza: isto é inaceitável?
O quão destrutiva uma preferência culinária precisa ser antes que decidamos comer outra coisa? Se contribuir para o sofrimento de bilhões de animais que levam vidas miseráveis e (com muita frequência) morrem de formas horrendas não é motivante o suficiente, o que mais seria? Se ser o contribuidor número um à mais séria ameaça ao planeta (o aquecimento global) não é suficiente, o que é? E se você se sente tentado a protelar essas questões de consciência, a dizer agora não, então quando?”
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“Hoje, os produtos animais respondem por mais de cinquenta por cento do consumo de água na China – e num momento em que a falta d’água na China já é motivo de preocupação global. A pessoa (…) que luta para encontrar alimento suficiente para comer poderia com razão se preocupar ainda mais com o quanto a marcha do mundo rumo ao consumo de carne ao estilo dos Estados Unidos vai tornar os grãos e cereais de que ele ou ela depende para viver ainda menos disponíveis. Mais carne significa maior demanda por grãos e cereais, e mais mãos brigando por eles. Em 2050, os rebanhos no mundo consumirão tanta comida quanto quatro bilhões de pessoas.”
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“Que tipo de mundo nós criaríamos se três vezes por dia ativássemos a nossa compaixão e a nossa razão quando nos sentamos para comer, se tivéssemos imaginação moral e força de vontade pragmática para mudar nosso mais fundamental ato de consumo? É famosa a afirmação de Tolstói de que a existência de matadouros e campos de batalha está relacionada.”
(Jonathan Safran Foer)
Querida Adriana, então você estará em minha cidade! Que alegria foi encontrá-la entre os autores que estarão na Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto. Seja bem vinda. Estarei lá para vê-la e ouvi-la. Postarei em meu Blog essa informação para que outros compartilhem dessa alegria. Um grande abraço.
http://www.ilhadasletras.blogspot.com
Oi Adriana
Alguma previsão de quando a rocoo vai lancar esse livro?
Abraço
Oi, Jorge – respondi ali no seu outro comentário. Setembro, se não me engano. abraço
Adriana
Muito obrigado pela resposta, ficarei no aguardo.
Abraçao