O tempo das coisas passa. Passou o do blog também, mesmo com a tentativa de reanimá-lo há alguns meses.
Hanói, meu novo romance, está aí na esquina: a previsão de lançamento é junho/julho, pela Alfaguara.
Ficam estas notícias dele, e um até breve.
“David tinha lido numa revista, muitos anos antes, que os elefantes abandonam sua manada ao sentir que a morte está próxima e vão sozinhos procurar um lugar onde não seja difícil encontrar água e abrigo. Os dentes se fragilizam, perdem a eficiência de outras épocas da vida, e os animais vão buscar áreas pantanosas, por exemplo, onde encontram o alimento já amolecido. Parecia ter sido essa a origem do mito do cemitério de elefantes. Só uma coincidência geográfica causada pelas dificuldades da última fase da vida. E era ali que os animais viam seu último dia e davam seu último suspiro, naquele colosso de corpo que antes parecia quase indestrutível. Elefantes não deveriam morrer, não é verdade? Elefantes deveriam viver para sempre. Mas morriam, e sobravam como carcaça, depois ossos, depois o que quer que ficasse dos ossos. Vestígios. Pequenas marcas no chão.”
Você, suas novidades, suas iluminações, trechos, comentários, humor e inteligência deixarão saudades.
há tempo para tudo. volte logo.