Archive for the ‘eco-insistências’ Category

E o Quênia, a Etiópia e o Djibuti também.

Hoje O Globo publica um artigo sobre a fome no Chifre da África, que ameaça treze milhões de pessoas. Na Somália, 750 mil estão na iminência de morrer por falta de comida.

O artigo termina assim: “E parte do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a advertência tantas vezes ouvida, mas a cada dia mais pertinente. É preciso uma ação multilateral urgente contra o aquecimento global, causa importante das mudanças climáticas que tornam ainda mais dramáticas as secas em vastas regiões da África, e do mundo.”

Lembro que, como afirmado e comprovado cientificamente pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas, o aquecimento global é decorrência do mau uso de recursos naturais e consequência direta de nossos hábitos, inclusive alimentares.

Estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para a agricultura e alimentação), como já apareceu noutros posts aqui, reafirmou que que o setor pecuário é mais prejudicial ao clima do que o setor de transportes. Gases com efeito de estufa são emitidos durante praticamente todas as etapas do processo de produção de carne.

Se não dá para doar uma quantia significativa às regiões da África que sofrem com a fome enquanto estamos aqui nos nossos computadores, pensando no jantar, na cerveja, na novela, no futebol, se não dá para entrar num avião e ir lá ajudar pessoalmente quem precisa de ajuda, se sentimos que estamos ficando perigosamente anestesiados diante dessa dor (treze milhões. Passando fome. No século XXI) a revolução possível me parece a dos nossos hábitos de consumo. E ela começa no prato.

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Andrea Nichols, amiga que nunca encontrei pessoalmente e que escreve o adorado blog Brazil Nut, narra este vídeo importantíssimo feito pela Brighter Green.

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A ONU continua insistindo. Saiu ontem no Guardian este artigo, “UN urges global move to meat and dairy-free diet: Lesser consumption of animal products is necessary to save the world from the worst impacts of climate change, UN report says” (“A ONU recomenda enfaticamente uma mudança global rumo a uma dieta sem carne e laticínios: um menor consumo de produtos animais é necessário para salvar o mundo dos piores impactos da mudança climática, diz o relatório da ONU”).

Um detalhe interessante: a foto que ilustra a matéria do Guardian (aí em cima) é de uma fazenda de criação intensiva de gado em Mato Grosso.

Somos paradigma.

Para quem quer começar a fazer alguma coisa, uma boa ideia é escolher um dia da semana para abolir carne, ovos e laticínios (segunda-feira, por exemplo, para acompanhar um crescente movimento mundial, a “segunda sem carne”). Garanto que a gente descobre sabores novos, uma nova maneira de se relacionar com o que come, e está tomando uma atitude efetiva que beneficia o planeta (e em consequência óbvia a sociedade), os animais e a nós mesmos – uma alimentação sem produtos de origem animal vem sendo cada vez mais recomendada por médicos e nutricionistas.

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“Depois de fugir da Polônia ocupada pelos nazistas, o prêmio Nobel Isaac Bashevis Singer comparou os preconceitos com as outras espécies às ‘mais extremas teorias racistas.’ Singer argumentou que os direitos animais eram a forma mais pura de defesa da justiça social, porque os animais são os mais vulneráveis de todos os oprimidos. Ele sentia que tratar mal os animais era a epítome do paradigma moral do ‘poder faz a força.’ Trocamos seus mais básicos e importantes interesses por interesses humanos efêmeros só porque podemos. É claro, o animal humano é diferente de todos os outros animais. Os humanos são únicos, só não de um modo que torna a dor animal irrelevante.”

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“O que sabemos, porém, é que se você comer carne hoje sua escolha típica é entre animais criados seja com maior (galinhas, perus, peixes e porcos) ou menor (bois) crueldade. Por que tantos de nós acham que precisam escolher entre opções como essas? O que tornaria irrelevantes cálculos tão utilitários da opção menos horrível? Em que momento as escolhas absurdas disponíveis hoje darão lugar à simplicidade de uma linha traçada com firmeza: isto é inaceitável?

O quão destrutiva uma preferência culinária precisa ser antes que decidamos comer outra coisa? Se contribuir para o sofrimento de bilhões de animais que levam vidas miseráveis e (com muita frequência) morrem de formas horrendas não é motivante o suficiente, o que mais seria? Se ser o contribuidor número um à mais séria ameaça ao planeta (o aquecimento global) não é suficiente, o que é? E se você se sente tentado a protelar essas questões de consciência, a dizer agora não, então quando?”

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“Hoje, os produtos animais respondem por mais de cinquenta por cento do consumo de água na China – e num momento em que a falta d’água na China já é motivo de preocupação global. A pessoa (…) que luta para encontrar alimento suficiente para comer poderia com razão se preocupar ainda mais com o quanto a marcha do mundo rumo ao consumo de carne ao estilo dos Estados Unidos vai tornar os grãos e cereais de que ele ou ela depende para viver ainda menos disponíveis. Mais carne significa maior demanda por grãos e cereais, e mais mãos brigando por eles. Em 2050, os rebanhos no mundo consumirão tanta comida quanto quatro bilhões de pessoas.”

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“Que tipo de mundo nós criaríamos se três vezes por dia ativássemos a nossa compaixão e a nossa razão quando nos sentamos para comer, se tivéssemos imaginação moral e força de vontade pragmática para mudar nosso mais fundamental ato de consumo? É famosa a afirmação de Tolstói de que a existência de matadouros e campos de batalha está relacionada.”

(Jonathan Safran Foer)

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Na New Yorker: “Why, with global warming, is it always one step forward, two, maybe three steps back?” (Elizabeth Kolbert) Leia mais.

Na cabeceira: Laila Lalami, Secret Son. Eduardo Giannetti, Felicidade. E um original de Gustavo Bernardo.

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Uma matéria do Economist foi citada n’O Globo semana passada (desculpem, já não me lembro o autor do artigo) e fui lá procurar a fonte.

O argumento é que o aquecimento global é, sim, digno de preocupação (e ação) não porque a ciência não comete erros, mas justamente porque comete. As estimativas podem estar exagerando tanto quanto podem estar sendo conservadoras.

Nas palavras do Economist, “Plenty of uncertainty remains; but that argues for, not against, action. If it were known that global warming would be limited to 2°C, the world might decide to live with that. But the range of possible outcomes is huge, with catastrophe one possibility, and the costs of averting climate change are comparatively small. Just as a householder pays a small premium to protect himself against disaster, the world should do the same.” (O artigo pode ser lido aqui.)

Não custa lembrar aqui que a criação de animais para corte em escala industrial contribui mais para o aquecimento global do que todos os meios de transporte do mundo somados, além de ser uma das principais fontes de degradação da terra e poluição da água (a informação vem de um relatório da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação ). Food for thought?

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The Story of Stuff, de Annie Leonard (que mora há tempos aí na barra lateral do meu blog), está disponível dublado ou legendado em português, com o título de A história das coisas.

Trata-se de um documentário de 20 minutos baseado nos subterrâneos de nossos padrões (malucos) de consumo, e de que modo eles se relacionam diretamente com graves problemas sociais e ambientais.

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Ético e mais barato. Para quem se dispõe a pensar no que está por trás da indústria da moda e dos produtos que consome.

(Matéria do blog Ambiente-se)

É bem provável que todo vegetariano concorde que a decisão de cortar carne e ingredientes animais da dieta alimentar é apenas o ponto de partida de um estilo de vida diferenciado. Quando nos tornamos herbívoros queremos que a ideologia perpasse todo o nosso cotidiano. Inclusive o das roupas que vestimos. Couro, pele, lã, seda, penas e outros materiais que impõem sofrimento a animais para serem obtidos saem definitivamente de moda. Entram em cena materiais sintéticos e derivados de fibras naturais num estilo que é chamado veg fashion, ou moda sem crueldade, um novo olhar sobre o que realmente é ser chic.

Como o próprio nome deixa bem claro, veg fashion é um conceito baseado nos preceitos de não exploração dos animais por capricho e acomodação do bicho-homem. Não restam dúvidas de que não precisamos de peles de animais como roupas, visto o grande número de recursos sintéticos e naturais, como algodão, bambu e cânhamo, só para citar alguns exemplos, já encontrados no mercado. No entanto, vestir roupas ou usar acessórios feitos de peles genuínas e outras matérias-primas animais ainda é categorizado como luxuoso, ou “glamouroso”, na linguagem da moda.

O resultado de tamanha futilidade (com perdão da palavra) é o sofrimento e morte de milhares de animais todos os dias. Segundo estimativas da Fur-Free Alliance, uma coalização internacional formada por cerca de 30 organizações de proteção animal, a indústria da pele mata por ano cerca de 50 milhões de animais para o mercado da moda, de lobos a esquilos (e o levantamento nem inclui coelhos, por falta de números oficiais). E para piorar a situação, uma investigação da ONG Humane Society, dos Estados Unidos, no final da década de 90 divulgou a matança indiscriminada de gatos e cachorros na China e outros países asiáticos. Os animais, alguns de raça e outros de rua, são abatidos covardemente depois de semanas de confinamento e sua pele abastece a indústria de roupas, acessórios, e bugigangas em geral que são exportadas para todo o mundo.

“Minha maior crítica é que milhares de animais são criados em cativeiro somente para este fim, muitas vezes de forma clandestina. Sem contar os problemas do mercado ilegal com a caça, armadilhas e o tráfico. E mesmo assim ainda existe um glamour que sustenta esta crueldade. Grifes internacionais como Prada, Yves Saint-Laurent e Vogue América, por exemplo, ainda valorizam peças de pele real, propagando a idéia de que usá-las é elegante. O maior desafio é mudar a mente das pessoas em relação a este conceito”, diz Danielle Ferraz, jornalista de moda e vegetariana, autora de artigos sobre crueldade com animais na moda e diretora das duas edições do desfile “Veg Fashion”, ocorridos em 2004 e 2006 nas cidades de Florianópolis e São Paulo durante congressos vegetarianos.

Novas tendências

Mas apesar dos absurdos de exploração de animais cometidos em nome da moda, o cenário aponta algumas boas notícias em prol da veg fashion. A estilista inglesa e vegetariana Stella MacCartney lidera campanhas internacionais anti-pele e apresenta para o mundo todos os anos coleções de roupas livres de crueldade admiradas pelos maiores especialistas do mundo fashion. Acompanhando a tendência, nos últimos dois anos estilistas renomados como Ralph Lauren, Calvin Klein, Kenneth Cole e Tommy Hilfiger declararam publicamente a resolução de não usar mais peles e materiais de origem animal em suas criações. E o melhor: puramente pela questão ética.

Enquanto isso a organização PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) continua a todo vapor com seus protestos em parceria com celebridades usando o slogan “prefiro ficar nu a usar peles”. Com destaque para a campanha “Voguesucks.com”, que critica explicitamente Anna Wintour, editora da revista Vogue norte-americana, pela promoção e uso de casacos, vestidos e outras peças de peles genuínas e conscientização zero em torno do sofrimento e morte dos animais. “Nós sempre estamos procurando por novos jeitos de conscientização sobre o sofrimento extremo pelo qual os animais passam nas fazendas onde se tiram suas peles e nas armadilhas cruéis que o homem espalha na natureza”, declarou Ingrid Newkirk, presidente da Peta em julho do ano passado na ocasião de uma campanha em conjunto com Stela MacCartney na comunidade virtual Second Life.

No Brasil, os desfiles “Veg Fashion”, idealizados pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), foram precursores no objetivo de mostrar os bastidores da moda que não se preocupa com os materiais que utiliza e valorizar as novas grifes conscientes que oferecem peças livres de crueldade. A presidente da SVB, Marly Winckler, que criou o conceito do desfile, acredita que cada vez mais se alastra essa consciência sobre as atrocidades cometidas contra os animais, seres indefesos e sensíveis, para se obter materiais utilizados nas roupas. “Neste último Carnaval a SVB participou de um desfile da escola de samba Imperador do Ipiranga, de São Paulo, cujo tema foi “a salvação do planeta é o bicho”. Abordamos a questão e não permitimos o uso de nenhum material de origem animal nas fantasias”, conta Marly.

Ético e mais barato

Moda sem crueldade é um conceito amplo que alia questões éticas, sociais e ambientais. Não se pode (nem se deve) pensar em acabar com a exploração de animais sem considerar o contexto mais holístico de destruição de ambientes naturais e hábitos insustentáveis praticados pelo homem nos dias atuais. “A questão básica é o consumo ético e consciente, respeitando os animais e o meio ambiente. Não faz o menor sentido a utilização de peles e couros em roupas. Tanto pelo sofrimento dos animais como pelos graves impactos ambientais associados à criação intensiva ou captura ilegal dos animais para este fim”, afirma a presidente da SVB.

Quando se fala do contexto que alia conservação ambiental e respeito aos animais, há até pessoas que argumentam que materiais de origem animal seriam mais naturais e ambientalmente mais corretos do que os sintéticos. No entanto, pode ser demonstrado que é justamente o contrário. “O couro, como a pele de qualquer ser vivo, irá se deteriorar e se decompor caso não seja curtido. E o processo de curtume é um dos mais impactantes existentes, pois envolve muitas substâncias químicas pesadas que são extremamente prejudiciais ao meio ambiente e para as pessoas que as estão manuseando”, explica Josh Hooten, fundador da Herbivore Clothing Company, loja virtual de roupas e acessórios criada em 2002 na cidade de Portland, nos Estados Unidos.

O conceito da Herbivore Clothing Company nasceu da necessidade de seus donos, o casal Josh e Michelle Schwegmann, usarem roupas pelas quais pudessem expressar com estilo suas idéias sobre veganismo e direitos animais. Há cinco anos eles não achavam opções no mercado e começaram a produzir e desenvolver as idéias por conta própria. Hoje os estilistas e empresários têm em mente que o foco de sua marca é direitos animais, mas sabem que este conceito leva à discussão e análise de outras questões extremamente relevantes, como impactos ambientais, não respeito a direitos humanos e danos à saúde.

“Não fazemos as estampas de nossas camisetas em lojas que exploram seus empregados e já usamos em algumas peças malha de algodão orgânico, o que pretendemos expandir para toda a coleção no futuro. Tudo isso faz parte da mensagem passada pela roupa. E há muitas opções de materiais para isso. Eu mesmo não uso couro, lã, seda e outros materiais do tipo por quase uma década e nunca senti falta ou deixei de achar uma opção que não tivesse origem animal”, ressalta Josh.

Reforçando a opinião do norte-americano, a jornalista Danielle Ferraz explica que a indústria têxtil se desenvolveu o suficiente para oferecer opções sintéticas alternativas (e ambientalmente mais equilibradas) que substituem praticamente todos os materiais de origem animal. E isso tudo com uma grande vantagem: o custo de produção do material sintético é mais barato que o de produção de material de origem animal. “Os sintéticos e os materiais naturais geralmente saem mais em conta para o consumidor. E poderiam ser ainda mais baratos se a procura por estas opções fosse maior”, explica Danielle.

Como em qualquer atividade econômica, na veg fashion também vale a lei da oferta e procura. Quanto maior a demanda, as opções de oferta crescem, refletindo num preço final mais competitivo e menor. Portanto, para a moda sem crueldade não sair de moda, basta uma procura maior por parte dos consumidores em geral.

“O papel do consumidor é parar e pensar de onde estão vindo suas roupas. Todo mundo concorda que é errado abusar e torturar animais e não deseja sustentar um processo desses, ainda mais com várias alternativas mais conscientes que podem ser usadas”, diz Josh. “O consumidor ético se informa e se preocupa com a procedência do que consome, vendo todos os ângulos da questão. Hoje começa a haver reação às barbaridades cometidas no campo do consumo e campanhas e organizações estão chamando a atenção para o comércio justo. Esse é o caminho”, opina Marly.

Marcas no mesmo estilo da Herbivore são mais comuns nos Estados Unidos e Europa (veja box com dicas e opções de compras de roupas cruelty-free / livres de crueldade). No Brasil o conceito é mais novo, porém a consciência é crescente e as opções de veg fashion vão surgindo e se estabelecendo. A questão é que algumas grifes brasileiras estão bem avançadas no campo ambiental, usando materiais orgânicos e/ou reciclados, mas nem sempre são tão criteriosas com o não uso de materiais de origem animal. A última Fashion Week de São Paulo, por exemplo, incorporou o conceito de meio ambiente a partir dos materiais utilizados, o que já pode ser considerado um grande avanço. A expectativa agora é que esta tendência avance e se aprofunde, eliminando também os materiais provenientes de peles, couros e outros derivados de animais.

O mais importante é saber que uma moda livre de crueldade é possível e é feita com informação. Se você já conhece a realidade por trás da exploração animal para roupas, sapatos e acessórios, procure usar o conhecimento que têm para incorporar novos hábitos. Questione a origem do material de suas roupas e seja mais criterioso nas compras. Se já sabe como se vestir com estilo sem a carga da crueldade, passe a idéia para seus amigos e familiares mostrando-lhes opções práticas de compras mais conscientes. Afinal de contas, como bem resume o slogan do desfile “Veg Fashion”, chic é ser consciente. E ninguém em sã consciência quer ser cúmplice de exploração, covardia e maus-tratos a qualquer ser vivo.

Saiba mais:

A crueldade no guarda-roupa

Couro: Milhares de vacas, porcos, ovelhas, cabras, entre outros animais, são abatidos todos os anos para utilização de sua carne e também de sua pele, que se torna couro, camurça, nobuk etc. Alguns outros animais, como raposas, esquilos e até lobos, são criados em cativeiro e fazendas especificamente para este fim, tendo às vezes a pele retirada quando ainda estão vivos. Mais recentemente se descobriu que até gatos e cachorros são vítimas da indústria da pele.

Para a pele do animal se tornar couro ela precisa passar pelo processo de curtume, no qual são usadas várias substâncias químicas perigosas, tanto para o meio ambiente como para o homem. Levantamentos oficiais comprovam que pessoas que trabalharam ou que moraram próximas a plantas de curtume são comumente vítimas de câncer, devido à exposição às toxinas.

: A tosa de carneiros e ovelhas para retirada da lã não é um processo natural e compromete o bem-estar dos animais, que precisam de sua pelagem para se proteger do frio. Além disso, como o material é pago por volume, a tosa é feita sem cuidado e de forma exagerada, machucando os animais. A indústria da lã, através da criação intensiva dos animais, também é responsável por impactos no meio ambiente através da poluição de água e emissão de uma grande quantidade de gás metano na atmosfera.

Seda: A seda é um material resultante dos fios produzidos pelo bicho-da-seda para tecer o seu casulo, onde de lagarta o inseto se transforma em mariposa, atingindo sua idade adulta para reprodução. Para obtenção da seda os insetos foram domesticados pelo homem em ambientais artificiais e são mortos dentro do casulo, do qual são retirados os fios.

Algumas dicas na hora das compras

A primeira dica é sempre olhar etiquetas para saber o material utilizado nas roupas que pretende comprar. Você vai se surpreender que é muito mais fácil achar opções de sintéticos e fibras naturais do que podia imaginar.

Para artigos de couro, como sapatos, cintos e jaquetas, procure sempre o que diz na etiqueta. Se a informação não for clara em relação a ser sintético, pergunte ao vendedor. E uma boa dica para evitar couro é observar e comparar os preços. Geralmente o sintético é pelo menos metade do preço mais barato que o couro de animal. No caso de lãs, fique atento, pois nem sempre elas estão muito aparentes nas peças. Algumas calças e casacos, por exemplo, podem ser feitos de lãs em combinação com outros materiais, o que também sempre poderá ser descoberto pela etiqueta. Substitua pashminas e cashmeres por lãs de polyester ou algodão ou tecidos térmicos sintéticos, desenvolvidos a partir de materiais alternativos e mais resistentes a frio e vento do que a lã.

A seda por ser substituída por tecidos alternativos como nylon, polyester e o rayon, uma espécie de seda artificial. E até para quem gosta de roupas e acessórios “de pele”, o mercado já oferece variadas opções de peças de pele falsa confeccionadas a partir de materiais sintéticos. Uma boa forma de verificar se uma peça é de pele verdadeira ou falsa é fazer um teste simples e rápido. Esfregue um pouco de pêlo entre o polegar e o dedo indicador. Se você sentir o pêlo macio e fácil de manusear entre os dedos, provavelmente é pele genuína. Caso sinta o contrário, o pêlo mais áspero, a pele é sintética.

Onde comprar roupas livres de crueldade:

Brasil:

Vegan Pride (Acessórios, camisetas e produtos livres de crueldade)Av. São João, 439, loja 424 Centro, São Paulo – SP Tel.: (11) 3362 0897 Vendas pela Internet e entregas em todo o país
King 55 (Camisetas e jeans. Sustentabilidade e luta contra a exploração animal)Rua Harmonia, 452 Vila Madalena São Paulo – SP Tel.: (11) 3032 1838
XBloodlineX Clothing (produtos livres de crueldade animal) Vendas pela Internet e entregas em todo o país
Maria Simone (Bordado manual e customização. Parceria com ONGs Adote um Gatinho, Arca Brasil e Bicho no Parque) – Rua Wisard, 287 Vila Madalena, São Paulo – SP Tel.: (11) 3815 5392/ 3811 9335
Vista-se (Camisetas vegetarianas)
Tree Tap (Couro vegetal da Amazônia)
La Reina Madre (bolsas de pano feitas artesanalmente por Denize Barros)

Exterior (compras pela Internet):

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